Helena passou parte da infância na cidade de Rio Negro, na divisa com Santa Catarina, onde fez o curso primário. Estudou piano, pintura e, aos doze anos, fez seus primeiros versos. Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima, aos 16 anos de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época, era através da revista Marinha, de Paranaguá.
Aos 20 anos, Helena iniciou a carreira de professora do Ensino Médio e inspetora de escola pública. Lecionou no Instituto de Educação de Curitiba por 23 anos.
Seu primeiro livro, publicado em 1941, foi Paisagem Interior, dedicado a seu pai, Miguel Kolody, que faleceu dois meses antes da publicação.
Foi admirada por poetas como Carlos Drummond de andrade e Paulo Leminski, com quem teve uma grande relação de amizade pessoal e literária.
Dona de uma enorme coleção de adjetivos-virtudes, palavras-emblemas, atribuídos a ela pelo povo paranaense, Helena deixou uma obra, que na qualidade lembra outra grande poeta: Cecília Meirelles. O amor que ela conquistou pelos poemas, pelos livros, juntou-se à lira de sua poesia feita de canções à vida, da solidariedade, da natureza e a inquietude da condição humana.
Alguns haicais de Helena
Poesia mínima
Pintou estrelas no muro
e teve o céu
ao alcance das mãos.
Último
Vôo solitário
na fímbria da noite
em busca do pouso distante.
Aplauso
Corrida no parque
O menino inválido
Aplaude os atletas.
Alegria
Trêmula gota de orvalho
presa na teia de aranha,
rebrilhando como estrela.
Flecha de sol
A flecha de sol
pinta estrelas na vidraça.
Despede-se o dia.
Ipês floridos
Festa das lanternas!
Os ipês se iluminaram
de globos de cor-de-ouro.
Qual?
Damos nomes aos astros...
Qual será nosso nome
nas estrelas distantes?
Manhã
Nas flores do cardo,
leve poeira de orvalho.
Manhã no deserto.
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